Como podemos definir o processo de aprendizagem do deficiente visual e as principais dificuldades encontradas no processo de escolarização, tanto por parte do professor como do deficiente visual.
Prof.Rosane A Ribeiro |
As respostas são paralelas alunos e professores encontram dificuldades semelhantes ou que giram no mesmo foco.
As dificuldades devem ser verbalizadas planejadas porque não existe o impossível tudo é possível desde que se acredite .
Já ouvi e garanto a aprendizagem plena acontece quando acreditamos que nada e impossível que o impossível e apenas uma opinião não um fato.
As alterações que se iniciam a partir de restrição de oportunidades na família e na comunidade gerando dificuldades no processo da aprendizagem.
A sugestão é de promover, desde o início da infância, o desenvolvimento da criança. Uma vez que os pais e demais membros da comunidade raramente conhecem os recursos próprios para a atenção a crianças com necessidades especiais, faz-se necessário um programa sistemático de orientação e atendimento, por equipe interdisciplinar. Mais do que apresentar recursos, o grande papel dessa equipe será resgatar a crença nas possibilidades de desenvolvimento da criança.
Essa tarefa se aplica não só aos alunos mais ao preparo dos futuros professores. As dificuldades se estendem ou se complicam a partir de interações insatisfatórias na escola: trata-se de reorganizar o sistema educacional de modo a implantar, gradualmente, a verdadeira inclusão (Lipsky e Gartner, 1999), que deve ser encarada como uma meta para uma educação verdadeiramente democrática, e não, simplesmente, como a abolição de classes e escolas especiais.
Entre os pontos que chamam a atenção, incluem-se:
- A necessidade premente de formação de pessoal e de provimento de recursos, de forma a sensibilizar e capacitar professores da sala regular e de equipar salas de recursos com recursos humanos e materiais.
- A necessidade de formação dos professores, de forma a serem capazes de lidar com a diversidade na sala de aula. Temos observado que os professores, muitas vezes, prendem-se a estratégias de ensino, e consideram incapazes os alunos que não têm condições de atender às exigências de determinadas tarefas. Entre os exemplos que temos presenciado, houve o de uma professora que considerou um obstáculo o fato de seu aluno de cinco anos não ter a habilidade de cortar com tesoura.
Aqui, parece-nos que há uma grande confusão entre os grandes objetivos do ensino inicial (pré-escola e Ensino Fundamental) e as estratégias habitualmente utilizadas para cumpri-los. Em geral, a queixa refere-se a desempenhos específicos. Cabe, então, reformular a estratégia, mantido o objetivo.
Esse exercício de flexibilidade deveria ser parte integrante da formação do professor. Essa é uma questão relevante, quando se discute a capacitação de recursos humanos e a alocação de recursos materiais para a Educação Especial, visando a promoção da inclusão.
A outra questão, paralela a esta, é a famosa questão do respeito ao ritmo da criança. De um lado, corre-se o risco de deixar de oferecer tudo o que a criança tem condições de aprender, por uma falsa interpretação do respeito a seu ritmo de aprendizagem bem como suas limitações aquelas que muitas vezes nem temos conhecimento suficiente.
A escola deve fazer intervenções e oferecer desafios adequados ao aluno com deficiência,e quando em refiro a deficiência digo todos os tipos não só a visual. Mas todas mesmo; Cabe a nos, a todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem além de valorizar as habilidades, trabalhar as potencialidade intelectuais , reduzir as limitações provocadas pela deficiência, apoiar a inserção familiar, escolar e social, bem como prepará-lo para uma adequada formação profissional, almejando seu desenvolvimento integral.
Sendo assim, não será suficiente potencializar informações e discursos, enquanto as práticas profissionais e as políticas públicas continuarem alheias às considerações éticas, de justiça e de eqüidade.
A verdadeira inclusão deverá ter como alicerce um processo de construção de mentalidades e práticas, proveniente de uma reflexão plural sobre o que é a escola, seus problemas e a maneira de solucioná-los.
Dessa forma, estaremos atingindo os princípios reais da educação, que constitui-se em um processo abrangente, que ultrapassa a escolarização e que tem, por objetivo final, preparar a pessoa para a vida na família, na escola, no trabalho, no mundo. E talvez, apoiados neste referencial, poderemos atingir a globalidade da organização escolar. Professores, gestores e funcionários precisam compreender que todo aluno pode, a seu modo e respeitando seu tempo, beneficiar-se do convívio escolar, desde que tenha oportunidades adequadas para desenvolver suas potencialidades.
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