terça-feira, 4 de dezembro de 2012

As relações entre pais ouvintes e filhos surdos



O reconhecimento da importância da família para o processo educacional se explicita em vários artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº 9.394/96), que estabelecem a incumbência das instituições de ensino e de seus docentes se articularem com as famílias, visando integrá-las à escola, e auxiliarem a fortalecer os vínculos familiares, embora percebo que essa garantia da lei nem sempre e defendida afinal ainda lidamos com profissionais despreparados não só na educação como na saúde e consequentemente os familiares cada vez mais perdidos.

E o que puder sentir na entrevista apresentada bem como no diferentes casos que vejo na sociedade como um todo. Apesar da importância e da ênfase que as políticas educacionais têm dado à participação da família no processo educacional de seus filhos, ainda é muito incipiente o trabalho sistemático com as mesmas, principalmente nas redes públicas de ensino. Esse trabalho é organizado com mais dificuldade quando se trata da família de alunos surdos em uma perspectiva bilíngue, o qual exige a contratação de instrutor surdo para ensinar a Língua de Sinais.

Os familiares, frequentemente, expressam o desejo dos filhos surdos falarem como a principal modalidade de comunicação e esse desejo lidar com as dificuldades reconhecer as limitações é um longo caminho , ate haja a aceitação a orientação correta que os levem a percebem como o uso dos sinais, para os surdos, pode ativar a sua competência linguística, facilitando a aprendizagem do Português nas modalidades oral e escrita, principalmente por aumentar a compreensão ocorre todo um processo que no eu ver poderia ser menos complicado que tivéssemos desde de cedo um trabalho de orientação aos familiares não só no sentido de como conduzir o processo de aprendizagem dos seus filhos m,as ate mesmo de como lidar com as próprias frustrações , falo isso porque sou mãe de uma menina especial.

Tratada ate os 4 anos como Autista depois como síndrome de Dow atualmente x frágil e vejam hoje tem 17anos e já passei por muitos questionamentos desde dos médicos , professores enfim ate perceber que fundamnetal era a minha atitude diante daquilo que não se pode mudar mas que se pode e deve trabalhar. Por isso na leitura dessa entrevista não consegui deixar de rteever a minha própria trajetória sendo mãe.

A exemplo da deficiência intelectual Que ser surdo não é o fim da estrada, mas o começo de um novo modo de ser e estar no mundo, que se é feliz, pois não é escutar que garante ao ser humano esta felicidade, mas o sentimento de pertencimento. Quanto mais cedo conviver com outras crianças, jovens e adultos surdos construirá uma imagem positiva ao seu respeito.

Se os pais tivessem contato mais cedo com outros surdos, poderiam compreender que suas angústias quanto a um futuro poderiam ser amenizadas ao verem que os surdos aprendem, trabalham, se casam, tem uma vida como a de qualquer outra pessoa. Não é a surdez como qualquer outra deficiência que é o problema, mas o preconceito, a falta de informações ou as informações destorcidas da realidade que perpetuam .

Termino com (LABORIT, 1994, p. 75).

É preciso estar próximo dos surdos para sentir toda a riqueza deste universo e proporcionar as crianças surdas à oportunidade de crescerem felizes e reconhecendo-se como capazes. “O ‘povo’ surdo é alegre. Talvez porque tenha havido muito sofrimento em sua infância. Eles têm prazer em se comunicar e se alegram sempre.”

(Observo o mesmo, independente do tipo de deficiência )







segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pluralidade cultural um espaço para desenvolvimento interdisciplinar


“o filme não está a iluminar a bibliografia selecionada, ao mesmo tempo que não isolamos a obra de se seu contexto, pois partimos das perguntas postas pela obra para interrogá-lo” (MORETTIN, in: CAPELATO [et. al.], 2007, p. 63). Ou seja, permitir que o filme seja alçado ao primeiro plano, pois o sentido emerge de sua estrutura. Caso não atentemos para essas questões,

Se não conseguirmos identificar, através da análise fílmica, o discurso que a obra cinematográfica constrói sobre a sociedade na qual se insere, apontando para suas ambigüidades, incertezas e tensões, o cinema perde a sua efetiva dimensão de fonte histórica. (Ibidem, p. 64).




NARRADORES DE JAVE, UMA REALIDADE BRASILEIRA



O filme, Narradores de Javé direção de Eliane Caffé, mostra de forma alegre e despojada um drama brasileiro, que nessa história se passa num povoado ribeirinho no sertão baiano, mas que poderia acontecer em qualquer ponto de norte a sul, de leste a oeste desse país continental. Traz um relato do destino de uma cidade que tem sua população expulsa de suas casas pelas águas de uma barragem. Desoladas e vencidas, mais pela consciência da própria ignorância do que pelos avanços do progresso, partem com a certeza de que dessa vez precisam contar a história de suas vidas de forma diferente.

Javé é uma cidade perdida, no meio do nada, são velhas casas de madeira e barro, que se acotovelam lado a lado ao longo do rio, numa contemplação lânguida da vida que passa tão calma quanta essas águas. Sua população, na maioria adulta e analfabeta, nascida e criada na lida da lavoura e da pesca, conta as histórias da fundação da cidade conforme o que ouviram dos pais, e dos pais de seus pais.

A primeira cena do filme é num bar, também numa região ribeirinha, onde uma senhora aparentando sessenta anos ou mais, fica no balcão lendo um livro e sofre a crítica do filho (Matheus Nachetergaele) que lhe chama a atenção, observando com desdém que “depois de velha aprendeu a ler”, numa visível referência da inutilidade desse aprendizado. Esse é o ponto usado pela diretora Eliane Caffé para tornar a história de Javé algo muito importante para ser ouvido e analisado para que esses destinos não venham a se repetir. A narrativa de Zaqueu antigo morador de Javé, interpretado por Nelson Xavier, parte do princípio de que aprender a ler e escrever não é inútil como pode pensar aquele jovem, pois o destino de Javé foi desaparecer sob as águas porque seu povo era essencialmente analfabeto, não possuíam registro nenhum da sua história, contavam em prosa e verso os grandes feitos de seus antepassados mas não passavam de um “bando de analfabetos”, cujo destino foi colocado nas mãos da única pessoa que sabia ler e escrever e que em outro momento demonstrara falta de caráter, quando para movimentar a única agência de correios da região e manter seu emprego, escrevera uma série de cartas contando histórias mentirosas dos moradores da cidade.

Descoberto, foi expulso da cidade, indo morar há alguns quilômetros dali. Agora uma barragem seria construída e para que todo o vale não fosse inundado era preciso que tivessem algo de patrimônio que justificasse a manutenção da cidade, em detrimento ao empreendimento que traria benefícios para toda a região. A população conclui que a única coisa que possuem de valor patrimonial é a própria história da fundação da cidade. Mas é preciso muito mais que contar, é preciso escrever, documentar cientificamente. Buscam então Pedro Biá, personagem muito bem interpretado por José Dumont, o maior desafeto da população javenense torna-se o reduto de esperança de sobrevivência daquelas terras. Confiam a ele a missão de registrar como um dossiê todos os relatos que estão nas mentes dos moradores.

Desenrola-se a partir daí uma peregrinação de Biá pelas casas ouvindo as histórias de Indalécio e Maria Dina fundadores da cidade, mas cada morador conta do seu jeito, conforme seu entendimento e interesse. Inclusive na população quilombola, localizada junto às terras de Javé, a versão dos fatos toma formato da cultura africana, num testemunho de que não tendo nada escrito, nada registrado, as versões podem se modificar de acordo com a cultura do povo que a relata.

O personagem de José Dumont demonstra domínio de leitura e suas manifestações orais são impregnadas de ditos populares, comparativos jocosos e frases de efeito, colocando-se numa posição de superioridade com relação aos demais. Quando ouve determinada história cria sua própria versão dos fatos poetizando ou dramatizando referindo-se que “uma coisa é o fato acontecido, outra coisa é o fato escrito, o escrito tem que ser melhorado para dar vida ao acontecido”, mas na verdade suas versões bem como as originais não vão para o papel.

Podemos inferir que o domínio de escrita de Pedro Biá não estava no mesmo nível de sua oralidade, de sua capacidade de criar e narrar. Essa situação é muito comum mesmo entre realidades mais próximas a nós, pois muitas vezes conseguimos nos expressar fluentemente, mas colocar essas idéias no papel, dentro da prerrogativa da norma padrão de escrita, torna-se bastante difícil e muitas vezes, como no caso que estamos analisando, impossível.

O cinema brasileiro com Central do Brasil (Walter Salles-1998) onde em outro formado é retratado também a figura do letrado, dominando leitura e escrita, conduzindo os destinos dos analfabetos e iletrados, em Narradores de Javé (Eliane Caffé-2003) com Pedro Biá responsável pelos destinos de uma cidade inteira, e outros filmes que retratam de alguma forma essa realidade educacional, tem nos dado boas contribuições, para que possamos traçar alguns paralelos entre a situação de letramento do povo brasileiro e as questões político sociais, onde a educação sofre os reveses das políticas partidárias, dos programas de alfabetização em massa, que colocam o país num cenário de educação muitas vezes fora da realidade.

É possível fazermos uma analogia do Brasil, onde Pedro Biá é a elite dominante e o povo de Javé a população brasileira afastada dos bancos escolares, iludidas pelos programas que alfabetizam apenas para o voto, não o voto consciente oriundo de um saber, de um questionar e cobrar, mas o voto revertido somente em números, o voto de quem sabe escrever seu nome e identificar o nome do candidato.

Narradores de Javé é um filme de 2003, atual na sua produção, atual na sua história. Pouco divulgado porque não tem apelo comercial e não tem esse apelo porque conta uma história que se repete, pois a cada dia outros Javés são inundados pelo descaso e ignorância, outros Biás, envolvem, convencem, mas nada fazem de concreto e outros Zaqueus sobrevivem para contar a história e lamentar o destino.



REFERÊNCIAS
Filme Narradores de Javé – 2003 – Direção de Eliane Caffé, José Dumont e Nelson Xavier
Filme Central do Brasil – 1998 – Direção de Walter Salles, com

Conclusão pessoal:

O filme tem como tema principal a narração, tendo como alicerce as pluralidades orais das personagens.


Mostra um Brasil de todos os brasileiros, dando voz as etnias, religiões e classes excluídas... e que todos nós somos narradores de uma história sem fim...nos permitindo questionar os modelos de interpretação da história e as visões lineares que se apoiam em uma linha evolutiva do desenvolvimento humano,marcada por sucessões de fatos que se encaixam nos modelos escolhidos, apagando conflitos, temores, esperanças e motivações de homens e mulheres.

É nesse sentido que o filme me chama atenção afinal mostra um recurso didático importante para as discussões sobre os sentidos da história e os caminhos da construção do conhecimento histórico.

Os diálogos que estabelecemos com ele, voltados não só para o seu conteúdo específico, como também para as relações entre história e memória.

Particularmente consigo fazer uma ligação com o que temos visto na historia da educação penso nas memórias do período da ditadura militar como de fato foi vivida e como chegamos aos registros.

Enquanto os historiadores estão interessados em reconstruir o passado,os narradores estão interessados em projetar uma imagem.
Portanto, enquanto os historiadores muitas vezes se esforçam por ter uma.
Sequencia linear, cronológica, os narradores podem estar mais interessados em buscar e reunir conjuntos de sentidos, de relacionamentos e de temas, no transcorrer de sua vida com objetivos muitas vezes diferenciados e ou não esperados.
Essa questão a pluralidade de visões que correspondem às contradições reais da vida cotidiana, cabe ao historiador interpretar as reconstruções dos sentidos do passado, colocando-se também como sujeito nesse processo. Isso nos ajuda a compreender o mundo em que vivemos, os problemas enfrentados por muitos nesse nosso tempo, que também são os nossos, assumindo que a história que escrevemos é, antes de tudo, política talvez motivo esse que me levou a rever e repensar na historia da educação.
Lembrando mais uma vez que todos nós  somos narradores de uma história sem fim...

Prof. Rosane Aparecida Ribeiro



terça-feira, 27 de novembro de 2012

A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL DE ERIK ERIKSON



A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial foi desenvolvida por Erik Erikson. Nascido na Alemanha em 1902 e faleceu aos 92 anos de idade nos Estados Unidos. É considerado o primeiro psicanalista infantil americano. Tornou-se psicanalista após trabalhar com Anna Freud, porém, em seus estudos, não focou no id e nas motivações conscientes como os demais psicanalistas, mas nas crises do ego no problema da identidade.

A Teoria Eriksoniana do desenvolvimento humano é dividida em oito fases, mas com algumas características peculiares:
·O ego é o foco, ao invés de Freud que focava o id;
·Outras etapas do ciclo vital são estudadas. Freud valorizou a infância e Erikson reconhece o grande valor dessa etapa sem desvalorizar as demais como adolescência, idade adulta e velhice;
Em cada um dos oito estágios o ego passa por uma crise. O desfecho da crise pode ser positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo);
·De um desfecho positivo surge um ego mais forte e estável, enquanto o desfecho negativo gera um ego mais fragilizado;
·Ocorre a reformulação e reestruturação da personalidade após cada crise do ego.
Os estágios supracitados são chamados Estágios Psicossociais e correspondem às oito crises do ego que servem para fortificá-lo ou fragilizá-lo, dependendo do desfecho. Os termos - forte e frágil - utilizados por Rabello (2007) são usados no sentido freudiano.


Estágios de desenvolvimento
 O primeiro estágio – confiança/desconfiança
Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses).


A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos, ganhando assim confiança.

Virtude social desenvolvida: esperança.
O segundo estágio – autonomia/dúvida e vergonhaAproximadamente entre os 18 meses e os 3 anos.
É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha. A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção de uma identidade. -Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer fazer as coisas sozinho.

Virtude social desenvolvida: desejo.
O terceiro estágio – iniciativa/culpaAproximadamente entre os 3 e 6 anos
É o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Neste estádio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade. Questão chave: serei bom ou mau?

Virtude social desenvolvida: propósito.
O quarto estágio – indústria (produtividade)/inferioridadeDecorre na idade escolar antes da adolescência (6 - 12 anos)
A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.


Questão chave: Serei competente ou incompetente?
de social desenvolvida: competência.
O quinto estágio – identidade/confusão de identidadeMarca o período da adolescênciaÉ neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Fatores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação. Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?



Virtude social desenvolvida: fidelidade
O sexto estágio – intimidade/isolamentoOcorre entre os 20 e os 35 anos, aproximadamente
A tarefa essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade) duráveis com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem troca de afectos com intimidade. Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?



Virtude social desenvolvida: amor
O sétimo estágio – generatividade/estagnação(35 - 60 anos)
E caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. Há a possibilidade do sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas. Existe a preocupação com as gerações vindouras; produção de ideais; obras de arte; participação política e cultural; educação e criação dos filhos. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens materiais e egoismo.


O oitavo estágio – integridade/desesperoOcorre a partir dos 60 anos

É favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos, este estágio é mal ultrapassado. Integridade - Balanço positivo do seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos e desejos se tenham realizado e esta satisfação prepara para aceitar a idade e as suas consequências. Desespero - Sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que lamentem as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e corrigir os erros anteriores. Neste estágio a questão chave é: Valeu apena ter vivido?
Virtude social desenvolvida: sabedoria.







Memória e Identidade Docente

Quem somos e como podemos, por meio das memórias, construir nossa identidade profissional?

Discutir a nossa identidade como docente nos remete, necessariamente, às lembranças de quem somos ou fomos. Consigo me  lembrar do primeiro dia de aula, bem como da minha primeira  escola, primeira professora, e logico jamais esqueço a Cartilha Caminho Suave  rs
Enfim, essas lembranças associadas   influenciaram na elaboração do conceito de “bom ou mau professor”. Cartilhas que, de algum modo, definiram o nosso conceito de alfabetização. Tais lembranças fazem parte daquilo que sou como pessoa e professora, ou seja, de nossa memória.
E sabido que a  palavra memória vem do latim memorïs.
Memória é a faculdade de lembrar e conservar estados de consciência passados e tudo quanto a eles está relacionado. (Horta e Priore, 2004, p. 3)


O conceito acima nos remete a dois elementos básicos: o primeiro, a memória é sempre a capacidade de lembrar; o segundo, ela conserva os conhecimentos e experiências que uma pessoa incorpora na sua existência. Todos os conhecimentos do passado e experimentações pelos quais o ser atravessou na vida, isto é, alegrias, tristezas, afetos, desafetos, medos e desejos. A memória é, portanto, a reconstrução do passado no presente, ou seja, consciência presente da realidade passada.

Assim, toda memória humana é a memória de alguém, remete à pessoa que lembra, que se conhece e reconhece por meio de suas lembranças.

Nesse sentido, a memória é herdeira do modo como percebemos e imaginamos os nossos sonhos e ilusões. Ela nos ajuda a afastar a rotina e pode ser descrita em um contínuo de fatos descontínuos, isto é, a memória não tem compromisso com o pensamento racional. Ela é sempre seletiva, pois, como nos afirmou Freud, evita as lembranças traumáticas dolorosas.
A memória humana também é afetiva. Este lado afetivo modelado pelo social, como por exemplo: o amor, o ódio, o ciúme, a inveja, a solidão, entre outros sentimentos são elementos que nos levam a recordações.

Os sentimentos não deevm ser confundidos com emoções, pois eles não são reações momentâneas, mas, sim, formações mentais duradouras que caracterizam a nossa relação afetiva com outras pessoas ou coisas, afinal só se pode amar ou odiar aquilo que conhecemos. Nesse aspecto, é como se a memória tivesse cheiro, cor e sabor.
Talvez essa afirmaçao justifique todo meu amor pelo magisterio, tenho a memoria de cada etapa que percorri na vida escolar de educando a educadora, os exemplos as professoras que exerciam total fascinio pelo conhecimento pela afetividade desenvolvida em sala de aula e que muitas vezes se extendia fora do ambito escolar.
Assim sendo, o que somos está atravessado em nossas experiências escolares: os juízos provenientes de tradições escolares, pedagógicas e profissionais que assimilamos e interiorizamos no nosso percurso escolar, “valores, normas, tradições, experiência vivida são elementos e critérios a partir dos quais o professor emite juízos profissionais” (Tardif, 2002).



Tenho  em memória o aluna que fui e que ainda sou tenho a consciencia que sempre serei aluna afinal a vida  e isso uma aprendizagem, constante afinal  instituição escolar é um espaço significativo de memórias, que ultrapassam os muros e ganham ocupam uma  temática central  imprescindíveis para a vida a fora pois ao mesmo tempo em que “forma personalidades”, alimenta o desejo de um tempo e de um espaço para formaçao e crescimento constante.



[...] a memória mais individual é social, pois seus quadros são feitos de noções que refletem uma significação social e a visão de mundo de um grupo. O fio condutor que percorre seu livro é que a lembrança é uma reconstrução do passado a partir da representação que um grupo possui de seus interesses atuais.


(Horta e Priore, 2004, p. 6)



Para Le Goff (1990), a memória deve ser liberação e não escravidão, pois ela é sempre, como já disse, memória de alguém, que muda e se transforma diante de suas lembranças. Cabe muitas vezes por construir uma identidade diferente da já existente no grupo social ou familiar, sendo, portanto, identidade construída na mudança.
ParaHorta e Priore (2004),oinverso também pode ser verdadeiro. Um grupo ou um povo pode se destruir pela memória construída. Quando pensamos que memória é também a memória de lugares, podemos pensar e nos perguntar: por quais modelos uma nação ou grupo social vão embasar suas memórias? Muitas vezes, as lendas, os mitos e as tradições de um grupo social podem vir à tona por meio de estudos históricos e/ou arqueológicos, isto é, ossos, documentos dos baús, e trazer a verdade de uma herança cultural muitas vezes negada.

O aprendizado e o conhecimento desses processos de memória são fundamentais para a elaboração e compreensão da nossa própria identidade familiar e docente. Particularmente percebo e consigo rever alguns valores bem como praticas pedagogicas quando compreendo o que foi a educaçao no periodo Militar o que de fato mudou e se arrasta desde da epoca onde os Jesuitas tinham o controle da nossa Educaçao.
Por meio de fragmentos encontrados nos diferentes baús (pessoais, coletivos e institucionais), como a escola, levam-nos a rever nossa história, desconstruir mitos e as verdades estabelecidas e verificar como esses mitos foram sendo construídos ao longo do tempo.

Um mito recorrente na nossa profissão é que o professor sempre ganhou bem; ou que a escola de antigamente era melhor. Hoje esses mitos podem ser negados com base em pesquisas documentais.  Esses saberes são indispensáveis à nossa identidade docente como a todo processo educacional. Conforme Nóvoa (1995, p. 17) a “maneira como cada um de nós ensina está diretamente dependente daquilo que somos como pessoa quando exercemos o ensino”. Nao tenho a menor duvida sobre tal afirmaçao creio que o percursso  que cada professor faz na construção de sua identidade profissional é o que define a singularidade docente, ou seja, determina o modo de cada um ser professor.
Esses processos são delineados pelas concepções que o docente tem sobre a educação pelas escolhas metodológicas, pelo seu estilo pessoal e pela reflexão e ação. Apoiado no conceito de autoidentidade, Giddens defende que as identidades se inscrevem em um processo reflexivo, ou seja, algo que precisa ser rotineiramente criado e sustentado nas atividades reflexivas, implicando em um processo de (re)construção contínua da identidade profissional. Para tanto, segundo Arroyo (2000, p. 13)

Justifico ai uma pratica que me acompanha ha 26 anos , guardo cadernos de anotações de aula, cadernos de recordações, provas, colas, jornais escolares, bilhetinhos, fichas de aulas, cadernos de planejamento, recados aos pais, fichas de avaliação atualmente monto pps com as artividades desenvolvidas , procuro inovar sempre sem perder  o verdadeiro foco, trazer e instruir alunos e pais para esse processo maravilhoso ativo que se chama Aprendizagem  rumo a  cidadania e o consequentemente exercicio pleno da democracia , para que em um futuro bem próximo, Tenhamos  como resgatar tudo isso por meio de sua autobiografia, ou mesmo para que esse material todo nos ajude a reconstruir a história da educação.
Que possamos nos sentir de fato responsavel por avanços e nao conivente ou  omisso.









A Educação no Regime Militar (1964-1985)

A Ditadura Militar teve início em 1964( um ano antes do meu nascimento)  com o golpe que depôs o presidente João Goulart e teve seu fim com a eleição indireta, via Colégio Eleitoral, de Tancredo Neves e José Sarney em janeiro de 1985.

O período entre 1964 e 1985 foi marcado pela intervenção militar via burocratização estatal e pautou-se em termos educacionais pela repressão; privatização de ensino; exclusão de boa parcela dos setores mais pobres do ensino elementar de boa qualidade; institucionalização do ensino profissionalizante na rede pública regular sem qualquer arranjo prévio para tal feito; por teorias pedagógicas que determinavam a prática docente, restringindo a autonomia do professor; repressão de qualquer movimento que fosse caracterizado como barreira para o pleno desenvolvimento dos ideais do regime político vigente, conduzindo o sistema de instrução brasileiro a uma submissão até o momento inigualável (Ghiraldelli, 1991).
As reformas educacionais estavam baseadas no investimento da melhoria do “capital humano”.
Teoria essa importada dos Estados Unidos como diretriz de política social para os países em desenvolvimento.
Hilsdorf (2007) nos informa que esta teoria propunha a educação como investimento (capital) que não trazia melhorias à vida do trabalhador (humano), mas a produtividade nacional. Tal investimento resultaria ainda em ascensão social.
Nos anos de 1970 essa teoria passara a ser criticada, pois, conforme Hilsdorf (2007:21), transferia para o “trabalhador assalariado — sem propriedades, sem controle dos meios de produção e do seu produto — a capacidade de capitalizar-se! [...]”.


Assim,  fica mais fácil compreender como a educação estava minada por uma concepção teórica alinhada ao capital internacional. Portanto, foi com base nesta concepção que aconteceu a assinatura dos acordos “MEC-USAID” (Ministério da Educação e Cultura — United States Agency for International Development), sendo que os técnicos da USAID participaram diretamente da reorganização do sistema educacional brasileiro, por meio da reestruturação administrativa, no planejamento e treinamento de pessoal docente e técnico e no controle do conteúdo geral do ensino por meio do controle da publicação e distribuição de livros técnicos e didáticos.

Os acordos MEC-USAID deram as diretrizes para as reformas que se seguiram durante a ditadura militar. Reformas educacionais que foram realizadas sob a ditadura, culminadas com as Leis n. 5.540/68 e n. 5.692/71, sendo a primeira destinada ao Ensino Superior e a segunda aos Ensinos de Primeiro e Segundo Graus (o que hoje denominamos Ensino Fundamental e Médio, respectivamente).

A reforma na ditadura militar teve seu início pela Universidade, indicando, assim, aquilo que verificamos já nos primórdios. A educação brasileira começou a ser construída pela ponta da pirâmide, ensino superior e secundário, enquanto o ensino elementar era função da família, que possuía as condições econômicas para tal
Para a autora, as reformas educacionais regulamentadas pela Lei n. 4.024/61 e a reforma que irá se concretizar com a Lei n. 5.692/71 têm o objetivo de alinhar o sistema educacional aos objetivos do Estado capitalista militar, a fim de adequar a educação à ideologia do “desenvolvimento com segurança”.


Para Zotti (2004), a lei inova no que diz respeito à extensão de quatro anos para oito anos (1º grau), de caráter obrigatório e gratuito. A atitude de o governo voltar-se às camadas populares e determinar a extensão da escolaridade obrigatória está relacionada ao discurso do “Brasil-potência”, pois o analfabetismo e a baixa escolaridade do cidadão eram considerados entraves ao desenvolvimento do país. Dessa forma, na proposta curricular, o objetivo consistia na formação de comportamentos, atitudes, visões de mundo para além dos saberes práticos.
Com esta política, o Estado procura produzir uma aparência de igualdade de oportunidades, mascarando as desigualdades por meio do “interesse” pelo ensino de 1º e 2º graus. Assim, contraditoriamente, o Estado se antecipa às reivindicações sociais e, em um contexto de desigualdade social, demonstra a intenção de proporcionar “igualdade de oportunidades” (Germano, 1994).Esta manifestação se verificará em todas as demais reformas empreendidas no período, a exemplo: as reformas do ensino secundário. Mas, como foi planejado o ensino para a escola média?




Quem vai nos responder esta questão é Ghiraldelli (1991), quando nos informa que em um estudo com o título “Diagnóstico Preliminar da Educação”, apareceram nitidamente orientações no sentido da introdução da profissionalização no ensino médio. Tais propósitos foram retirados dos estudos do IPES e endossados, depois, pelo Grupo de Trabalho da Reforma Universitária (GTRU).


Para o autor, a instauração do ensino médio profissionalizante sempre foi o grande sonho dos intelectuais da UDN desde os anos de 1950 e também a panaceia de alguns liberais e pessoas de esquerda.

Segundo grau, com a lei n. 5692/71, tornou-se integralmente profissionalizante. O CFE, por meio do parecer 45/72 relacionou 130 habilitações técnicas que poderiam ser adotadas pela escola para seus respectivos cursos profissionalizantes. Mais tarde, essas habilitações subiram para 158. Em certos casos o CFE chegou a prever várias habilitações para um mesmo setor de atividades. O elenco de habilitações chegou efetivamente ao impensável por uma mente sadia.

Pela Lei 7.044182, a “qualificação para o trabalho”, proposta pela letra da Lei 5.692171, foi substituída pela “preparação para o trabalho”. O segundo grau se livrou da profissionalização obrigatória, mas, após tantos estragos, ficou sem características próprias. O governo do general Figueiredo, ao tentar colocar no túmulo a profissionalização, praticamente descaracterizou, de uma vez, o já conturbado segundo grau (cf. Ghiraldelli Jr., 1990, p. 183-186).
Assim, afirma Cunha (1996) que a política educacional da ditadura, com suas reformas, caracterizou-se por proporcionar uma débil formação escolar e algum tipo de treinamento na formação escolar básica para inserção nos processos produtivos e por procurar enfraquecer o ensino superior público e crítico, abrindo enormes espaços para que a iniciativa privada pudesse operar no ensino superior.
Essas reformas acabaram com os movimentos de alfabetização baseados no método crítico desenvolvido por Paulo Freire, no qual a educação aparecia “como prática da liberdade”. O método de alfabetização de Freire seria adotado em todo o país, como previa o PNA (Plano Nacional de Alfabetização), criado no governo de João Goulart. O PNA, porém, foi extinto pelo decreto nº 53.886 de 1964 e, para substituí-lo, a ditadura implantou a CRUZADA ABC (Cruzada da Ação Básica Cristã), a fim de neutralizar a ação das Ligas Camponesas e, posteriormente, o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), utilizado como instrumento para controlar politicamente as massas.
Chegamos ao fim dando destaque à reforma Universitária, cuja lei 5.540/68 estabeleceu o fim da cátedra e a departamentalização, ou seja, o parcelamento do trabalho na universidade. Instituiu os cursos “parcelados” por meio dos créditos, adotou o vestibular unificado e classificatório para resolver o problema da falta de vagas (ao invés de expandir a universidade pública e “gratuita”) e criou uma estrutura burocrática para dar suporte ao parcelamento e fragmentação do trabalho na universidade.


Toda política educacional empreendida pelo governo Militar foi, para Cunha (1996), altamente repressora, atingindo as diferentes categorias de trabalhadores universitários (docentes, administrativas, técnicas) do sistema educacional, de forma a procurar, pelo medo, obter seu consenso ao regime. Aos descontentes, além da repressão, destinou-se também o recado de que não seria fácil nadar contra essa maré, expresso no seguinte lema: “Brasil: ame-o ou deixe-o!








domingo, 16 de setembro de 2012

sábado, 25 de agosto de 2012

Rumo ao crescimento emocional e cognitivo

Obrigada a todos que estiveram presentes no meu dia a dia somando experiencias e meu dando atenção e CARINHO.






Obrigada em especial a quem tem me dado agua pra beber e matado minha sede de COMPREENSÃO...

É tempo de fim e de recomeço. Tempo de criar novas expectativas e realizar antigos sonhos.

É o momento de exercitar o amor, a fraternidade e a união.

A igualdade entre as desigualdades, a paz em meio a guerra.
Espero que no nesse  semestre possamos dar continuidade a esse projeto de aprendizagem , onde todos os envolvidos possam cada vez mais doar se , dedicar-se rumo ao crescimento tanto cognitivo quanto emocional.

Resgatando o Patriotismo- (História e Port)



Projeto Interdisciplinar :

 Quem canta seus males espanta  e Dicionario 


Leitura informativa : 

O resgate do patriotismo pela lei 12.031 de 21 de setembro de 2009

No dia 21 de setembro de 2009, o legislador teve seu espírito de patriotismo exaltado. Refiro-me a lei nº 12.031 que entrou em  vigor, tornando obrigatória a execução semanal do hino nacional brasileiro em escolas privadas e públicas de todo o território nacional. É de se enaltecer o legislador ao retomar o espírito de amor a pátria dando tal obrigatoriedade. Veja que é uma forma de trazer a tona o sentimento que há tempos encontra-se adormecido no fundo histórico do país.
O primeiro presidente a decretar que os estudantes brasileiros deveriam ter maior consciência quanto ao seu papel de cidadãos foi Getúlio Vargas em 1936, mas foi no mandato de João Goulart (Jango), que antes de ser deposto incluiu tal matéria, denominada Moral e Cívica ao currículo do ensino médio que também tinha o nome de OSPB, Organização Social e Política Brasileira.
Não acredito que seja uma forma de impor controle ao que hoje é uma das maiores classes existente no Brasil, os estudantes, pois eles, também precisam ter essa noção de cidadania, história, capacidade de indagação, filosofia, construindo assim pensadores que vivam a democracia. Alem da importância de inserção de tal conhecimento aos estudantes, é imprescindível salientar que esses são na grande maioria jovens, que ainda não possuem uma formação superior, estando assim em construção as suas idéias. Torna-se para o governo, ou melhor, para o Estado brasileiro uma tarefa difícil no desenvolvimento da educação, o que sempre foi alvo de críticas por todos, mas ao mesmo tempo é de suma importância, pois, são estes, jovens estudantes a grande massa de votos para consolidação democrática brasileira.
Quem sabe aos poucos não sejam inseridas matérias que ajudem na formação política e até jurídica. Seria uma maneira interessante para somar conhecimento na formação de pessoas com conduta ilibada e aptas ao exercício da vida em sociedade. É um sonho, que sem dúvida alguma começa a se tornar realidade com a lei que entrou em vigor, criando um sentido patriota e de amor nas pessoas que futuramente estarão guiando o país.
Eu acredito fielmente que o legislador ao estabelecer esse projeto de lei, teve como principal preocupação a formação dos estudantes no Brasil. É perceptível tal afirmação. Pois dentre os valores que a sociedade precisa tomar consciência, estão os direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal em seu artigo 5º que a meu ver são as armas do povo contra a tirania e total soberania do Estado. Mas para chegarmos ao conhecimento desses direitos o governo deve contribuir, nem que seja aos poucos, como a obrigatoriedade da lei aqui em discussão. Para construirmos um país mais democrático, devemos mexer nas nossas bases, os estudantes, os jovens, pois tendo essa base uma consciência jurídica e política, teremos mais seriedade na cobrança dos direitos que fazemos jus. Assim, como já dizia o grande filósofo:

"Se a liberdade e a igualdade são essenciais à democracia só podem existir em sua plenitude se
todos os cidadãos gozarem da mais perfeita igualdade política."
Aristóteles - Política (Livro IV, cap. IV).

Projeto Dicionario:


1-Pesquise os significado das palavras: seriedade-democrático-jurídica-perceptivel-legislador-inserção-mprescindível- salienta-deposto-patriota- indagação

2- Forme uma frase para cada palavra.

3- Faça uma redação falando sobre o que acha do horário em que estamos cantando o Hino Nacional , você tem participado? podemos melhorar esse momento? enfim escreva tudo aquilo que você acha importante nesse para a organização desse momento. 



Carta de leitor

[…] embora sendo cartas, não são da mesma natureza, pois circulamem campos de atividades diversos, com funções comunicativas variadas [...] assim, [estes] tipos de cartas podem ser considerados

como subgêneros do maior “carta”, pois todos têm em comum – sua
estrutura básica: a seção de contato, o núcleo da carta, e a seção de
despedida – mas são diversificados em suas formas de realização,
suas intenções.


Têm-se os tipos de carta de acordo com o contexto sócio-discursivo. “É assim que temos carta pedido, carta resposta, carta pessoal, carta programa, carta circular, carta ao leitor e tantas outras” (BEZERRA, 2003, p. 201).
A carta do leitor segue a mesma estrutura de uma carta pessoal, por exemplo, porém, o estilo e a linguagem são diferentes porque o contexto discursivo é diferente.
A diversidade tipológica em uma carta pessoal certamente predominará a descrição, a narração, a exposição, a injunção, como bem mostrou Marcuschi (2003), ao analisar uma carta pessoal. Nesta, a linguagem beira o coloquialismo, a informalidade, por isso está mais próxima de um gênero primário, como uma conversa.

A carta do leitor, definida como um texto em que o leitor de jornal ou de revista manifesta seu ponto de vista sobre um determinado assunto da atualidade, usando elementos argumentativos, ao contrário, requer uma maior elaboração e ordenamento das ideias, pois se trata de um gênero secundário mais complexo, cuja linguagem tem que ser formal, na variedade padrão. Daí o papel da escola em torná-la um gênero escolar (entre outros) a ser ensinado para que o aluno desenvolva-se como leitor crítico por meio da análise do gênero e da sua reprodução. Nesse sentido é que Cardoso e Silva (2006, p. 19) afirmam:

"[...] através da produção e leitura de cartas do leitor o aluno aprende a diferenciar marcas de valores e intenções de agentes produtores, em função de seus compromissos e interesses políticos, econômicos e ideológicos."
Como já foi dito, toda carta apresenta uma estrutura básica: local, data, saudação ou vocativo, texto, despedida e assinatura, contudo, quando a carta entra na seção Carta do Leitor da revista ou jornal, ela pode passar por um processo de triagem, paráfrase, resumo ou ter informações eliminadas, dependendo do direcionamento argumentativo (BEZERRA, 2003). Ou seja, as cartas que são editadas, na verdade, não são como realmente foram escritas pelos seus autores e, em decorrência do pouco espaço que a revista reserva para isso, a estrutura é modificada. Todos aqueles elementos que fazem parte da estrutura básica, não aparecem.
No entanto, quando o leitor/remetente se trata de alguma autoridade pública ou que ocupe alguma posição de destaque na sociedade, o conteúdo da carta é transcrito na íntegra, inclusive citando o cargo ou a função e a entidade ou órgão a que está ligado.



Os exemplos de cartas do leitor retirados da revista Veja, da citada edição, nos dão uma ideia da forma que essas cartas adquirem após sua editoração.
Texto A

Gostei muito da reportagem. Vivemos no cotidiano a luta do bem contra o mal – e claro que bem e mal podem ter significados inversospara cada personagem das nossas vidas.
Adriana Borges - Palmas, TO
Texto B

Fico muito feliz por saber que faço parte dos 130 milhões de brasileiros que não assistem a essa novela.
Guido Gomes – por e-mail

As cartas originais passaram por um processo de editoração, o que significa adaptação para a transposição ao contexto em que serão publicadas. Apenas uma parte do texto e da estrutura foi transcrita para a edição. Assim, em geral, são as cartas do leitor editadas pela revista: um pequeno fragmento do texto, o nome do remetente/leitor e a cidade/Estado.


ATIVIDADES
Analise  uma carta por vez e responda as questões:

1. A carta do leitor está cumprindo o principal objetivo: apresentar a opinião do leitor sobre a revista ou sobre fatos, acontecimentos ou assuntos, veiculados nelas?

2. A carta possui:

a). Referências às matérias comentada? ........................

b). Posicionamento/ou opinião do leitor em relação ao fato ou à matéria comentada..........................

c). Dados de identificação do leitor como, cidade e a sigla do Estado em que foi escrita, e nome completo de quem escreveu? .................................

3. As informações da carta aparecem de maneira direta, sem rodeios?...................

4. A crítica ou a opinião apresentada aos autores da revista é respeitosa e contribui com a revista?...........

5. O texto está escrito em primeira pessoa?.......................................

6. O texto está escrito de forma que possa circular nessa revista (considerando o seu público leitor) ortograficamente correto?.......................................

7-Vamos fazer uma escrita coletiva de uma carta para Revista Recreio.

8-Sondagem -
Propor uma escrita individual de uma carta do apresentando um pedido pessoal .

Matematica - revendo conhecimentos -Semana de 27a 31 de agosto

Atividades de Matemática (colar caderno )


1) No mês de abril a fábrica de chocolate da Garoto vendeu 16.478 chocolates e a fábrica da Nestlé vendeu 38279 ovos.
a) Qual fábrica vendeu mais?
b) Qual o total de ovos vendidos pelas duas fábricas?
c) Qual a diferença de chocolates vendidos entre as fábricas?

2) Escreva por extenso o numero de ovos vendidos por cada fábrica.

Garoto: ______________________________________
Nestlé: _______________________________________

3) Resolva e tire a prova real.

a) 2.981 + 579 b) 8.743 – 2.379

4) Escreva por extenso.
• 12º - _______________________________________________
• 25º - _______________________________________________
• 40º - ________________________________________________
• 38º - ________________________________________________
• 3º - _________________________________________________
• 7º - _________________________________________________

6) Usando os algarismos 2 – 5 – 8 – 6 - , forme 5 numerais sem repetir os algarismos.

7) Desafios!

a) A lotação de um estádio é de 59.500 pessoas. Em um jogo estiveram 48.452 pessoas. Quantas pessoas faltam para lotar o estádio?

b) De uma caixa de lápis com 1.600 unidades, um comerciante vendeu 1.106. Quantos lápis ainda restam na caixa?

c) De uma dívida de R$ 22.580, já paguei R$ 15.600. Quanto ainda devo?

d) Qual o resultado de uma adição na qual as parcelas são 3.612 e 2.381?

e)Tenho 187 balas meu primo tem o triplo .Quantas balas temos juntos??

f)Lucas ganhou R$364,00 de seu pai , Leticia tem a metade desse valor pois também ganhou da sua mãe.Quantos os dois possuem juntos?

g)Rebeca tem 12400 CDs um a metade é de musica sertaneja.Quantos Cds sertanejos ela tem?

h)Patrick quer comprar uma coleção de figurinhas que custa R$68,00, ele tem R$25,00 .Quanto falta para que ele possa comprar a coleção?



I)Yara tem 17 a\nos sua prima tem o quádruplo da sua idade.Qual é a idade da sua prima?

J)Matheus recebi R$12,00 por dia .Em 9 dias quantos ele terá recebido?

h)Quantas folhas preciso para imprimir uma atividades de 4 paginas para uma classe de 32 alunos?









Agradecimento prof.Rodrigo


Os alunos não devem acreditar que a aula de educação física é apenas uma hora de lazer ou recreação, mas que é uma aula como as outras, cheia de conhecimentos que poderão trazer muitos benefícios se inseridos no quotidiano. Mas, para que estes benefícios sejam notados é essencial manter uma regularidade nas atividades e desta forma, a nosso ver, a aula de educação física deveria ser mais valorizada por todos integrantes da unidade escolar.
As aulas devem ser dinâmicas, estimulantes e interessantes. Os conteúdos precisam ter uma complexidade crescente a cada série acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. Precisa existir uma relação teórica-prática na metodologia de ensino.

O professor tem de inovar e diversificar, pois o campo de trabalho envolve muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos, competições, dança, música, teatro, expressão corporal, práticas de aptidão física, jogos de mímica, gincanas, leituras de textos, trabalhos escritos e práticos, dinâmica em grupo, uso de televisão, DVD, etc. O campo é muito amplo. Por esse motivo aproveito para agradecer o trabalho que vem sido desenvolvido com os meus alunos ( digo nossos ) pelo professor Rodrigo Oliviere que  com muita  responsabilidade e,   seriedade tem oferecido criativamente um trabalho significativo promovendo e estimulando a longevidade com qualidade no processo da aprendizagem .




Valeu!

Raciocinio Linguístico(explorar jogos oferecidos pela coordenaçao)


 1. Combine cada grupo de letras da esquerda com um grupo da direita para formar uma palavra. Pinte da mesma cor as partes que pertencem às mesmas palavras.


2. Escreva as palavras que você formou abaixo, em ordem alfabética.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


3. Anote as palavras que você descobriu no primeiro quadro de cada grupo. Em seguida, desembaralhe a palavra do segundo quadro. Para completar, forme uma frase utilizando ambas as palavras.

Atenção: as palavras devem ser usadas na ordem alfabética.


4. Anote na tabela abaixo as mesmas palavras da lista do exercício 2, separe suas sílabas e classifique-as de acordo com o número de sílabas.

palavra separação de sílabas classificação

Tarefas da semana de 27 a 31 de agosto

1-Pesquise e recorte 10 palavras com SS, cole no caderno e faça uma frase interrogativa para cada uma delas.

2- Pesquise o significado dos vocábulos: lenda, harmonia, equilíbrio, sensibilidade, virtude, sintetizado. ( Forme uma frase para cada vocábulo.)

3- Escreva uma carta para a produção de algum programa que você assista e aponte sugestões para torna-lo melhor .

4- Pesquise um texto que fale sobre o meio ambiente e faça a reescrita do mesmo de forma bem sintetizada.



A Lenda do Boitatá


Objetivo: utilizar conhecimentos de ortografia para identificar erros de escrita, além de corrigi-los no momento da .reescrita fiel de texto pré-estabelecido.



A Lenda do Boitatá
Leia a lenda folclórica abaixo, de origem indígena. Os números à direita são para que você localize melhor as linhas do texto.
No total, há ONZE erros de ortografia. Encontre todas as palavras com erros e circule-as.
O Boitatá é um momstro com olhos de fogo, enormes, que de dia é quasi cego e à noite vê tudo. Dis a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a tera. Para escapar, ele entrou num buraco e ficou lá dentro, assim, seus olhos cresceram.

Desde então, anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com olios flamejantes do tamanho de sua cabessa e persegue viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho de fogo, correndo de um lado para o outro da mata. No Nordeste do Brasil é xamado de “Cumadre Fulôzinha”. Para os índios, ele é “Mbaê-Tata”e mora no fundo dos rios.

Disem ainda que ele consegue tocar fogo nos campos e há os que dizem que ele protege as matas de insêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gazes inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcassas de grandes animais mortos e, que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.

Após verificar se os erros que você encontrou realmente estão corretos, reescreva a lenda, corrigindo-os:

Leitura de todos os dias , um estimulo constante.

1. Leia histórias variadas – quanto mais as crianças têm contato com a leitura, em geral, mais fácil será a integração desta em sua vida cotidiana. Cada história traz um novo mundo e o contato com a variedade pode propiciar o interesse com maior eficácia.



2. Incentive o amor por rimas e cantigas – pode parecer estranho, mas o trabalho de incentivo à rimas e cantigas propicia o amor da criança pelas palavras. Quanto mais a criança “brincar” com as palavras, mais irá gostar delas. Além disso, cantigas e rimas treinam a memorização e a consciência fonológica.

3. Demonstre prazer na leitura – quando fazemos algo por prazer, é muito mais fácil transmitir para outra pessoa. Se você leu uma história ou artigo que gostou muito, conte à criança, para que ela possa perceber como é gostoso ler e aprender novas coisas.


4. Aumente o vocabulário – quando a leitura é feita entre duas ou mais pessoas, fica mais fácil perceber detalhes do texto. Quando a criança já sabe ler ou já tem maturidade suficiente, passe para a leitura de histórias com um vocabulário melhor e procure mostrar curiosidade por palavras que possam ser novas para ela, ou mesmo pergunte se ela percebeu alguma palavra ‘estranha’. Isso irá lhe incentivar a perceber a importância de saber novas palavras e de conhecer seu significado, instigando-a a melhorar sua leitura e seus conhecimentos – um desafio.



5. Proporcione situações de leitura da própria produção - após ler uma história ou mesma depois de algum acontecimento importante em família ou na escola, incentive a criança a registrar por meio de desenhos ou escrita o que aconteceu. Desta forma, toda vez que o registro for lido, você pode relembrar o acontecimento ou a história com a criança, para que ela perceba a importância da escrita/desenho no registro de fatos importantes.

6. Faça a leitura com indicação do dedo – para que a criança perceba que aquilo que você leu é o que está escrito no livro ou no papel, siga sua própria leitura com o dedo, indicando as partes lidas.


7. Incentive a escrita também – a escrita pode ser uma grande amiga da leitura. Ajude a criança a se corresponder com alguém por meio da escrita para que ela tenha o prazer de ler a resposta. A escrita será, desta maneira, uma grande aliada da leitura.

8. Crie um ambiente acolhedor à leitura – ter um ‘cantinho’ próprio para leitura é um grande passo para que a criança possa ‘curtir’ seu contato com os livros. Tenha alguns livros que a criança goste sempre juntos neste cantinho, que pode ser uma estante ou uma caixinha. Procure organizar este espaço em um ambiente acolhedor à leitura, bem tranquilo . Sempre que ela tiver vontade, poderá ir até o local e escolher uma leitura.
9. Dê o exemplo – crianças aprendem muito por imitação. Se elas observam que o adulto lê, irão seguir seu exemplo;

10. Propicie tempo para a leitura – faça da leitura uma rotina. Quanto maior o contato, mais facilmente a criança criará vínculos com o hábito. Saber que a hora da leitura está chegando e sentir prazer neste momento são itens essenciais à formação de amantes da leitura.






sexta-feira, 24 de agosto de 2012

REUNIAO DE PAIS-

Sejam todos bem vindos


“Peça bis…Sempre que alguma coisa boa acontecer
Peça a bis…Sempre que fizer uma amizade
 bis…Sempre que descobrir coisas novas
Peça bis…Para tudo de bom que acontecer este ano
Para amizades, risadas, lembranças boas.
Para uma caminhada feliz cheia de sucesso
Peça bis…”

As transformações de avaliação são multidimensionais.


Uma grande questão é que avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa.


Nós somos o que sabemos em múltiplas dimensões. Quando avaliamos uma pessoa, nos envolvemos por

inteiro , o que sabemos, o que sentimos, o que conhecemos desta pessoa, a relação que nós temos com ela. E é esta relação que o professor acaba criando com seu aluno. Então, para que ele transforme essa sua prática, algumas concepções são extremamente necessárias. Em primeiro lugar, o sentimento de compromisso relação àquela pessoa com quem está se relacionando. Avaliar é muito mais que conhecer o aluno, é reconhecê-lo como uma pessoa digna de respeito e de interesse.

Em segundo lugar, o professor precisa estar preocupado com a aprendizagem desse aluno. Nesse sentido, o professor se torna um aprendiz do processo, pois se aprofunda nas estratégias de pensamento do aluno, nas formas como ele age, pensa e realiza atividades educativas. Só assim é que o professor pode intervir, ajudar e orientar esse aluno. É um comprometimento do professor com a sua aprendizagem tornar-se um permanente aprendiz. Aprendiz da sua disciplina e dos próprios

processos de aprendizagem. Por isso a avaliação é um terreno bastante arenoso,complexo e difícil. Eu mudo como pessoa quando passo a perceber o enorme comprometimento que tenho como educador ao avaliar um aluno.

". O aprender envolve o desenvolvimento, o interesse e a curiosidade do aluno, a sua autoria como pesquisador, como escritor, como leitor. Envolve o seu desenvolvimento pleno. É preciso perceber a aprendizagem nessas múltiplas

dimensões. Participação, por tarefas, pelo interesse do aluno. Não há como somá-las. A análise da aprendizagem é uma análise de conjunto de saberes e de fazeres. Esse aprender é um aprender muito mais amplo do que os trabalhados na nossa época afinal os desafios são outros. Inclusive leva-los a perceber o que seja a progressão automática e o que de fato deve ser levado em consideração.

Avaliar para promover a cidadania do aluno, como um sujeito digno de respeito, ciente de seus direitos e que tenha acesso a todas as oportunidades que a vida social possa lhe oferecer. E sem promover a aprendizagem, isso não acontecerá. Avaliação é sinônimo de evolução. Eu respondo sobre a evolução de um aluno de uma tarefa a outra, de um fazer a outro, de um momento de convivência a outro.Avaliação é, basicamente, acompanhamento da evolução do aluno no processo de construção do conhecimento.

E para responder sobre essa evolução eu preciso caminhar junto com ele, passo a passo. Eu não posso me postar no final do caminho e dizer se o aluno chegou lá. É preciso acompanhá-lo durante todo o caminho.